sábado, 26 de novembro de 2011

ANEL constrói a chapa 'Tecendo o Amanhã - Pela UFPR que queremos'




Este ano de 2011 @s estudantes da UFPR fizeram história e deram uma prova prática de democracia, a exemplo dos estudantes chilenos, que estão até hoje lutando pela gratuidade da educação.. Foi um turbilhão de informações, como há 10 anos não se via e a gente teve que decidir entre duas propostas: a primeira era continuar aceitando os problemas educacionais que enfrentamos em nosso cotidiano de estudantes (segurança, estrutura dos prédios, preconceito, bolsas...). A outra proposta era lutar a favor da educação pública e com qualidade de ensino combatendo, inevitavelmente, as políticas do governo federal e da direção majoritária da UNE (União Nacional dos Estudantes) e UPE (União Paranaense de Estudantes) que estão intimamente ao lado das reitorias e governo.

Para vencer esse desafio, a galera decidiu lutar e mostrar que estava realmente preocupada com os rumos da educação na pública na UFPR e no país. Realizaram passeatas de rua, assembléias gerais e de cursos envolvendo mais de 4.000 estudantes. A melhor parte disso: conseguimos muitas vitórias que melhoraram as necessidades concretas, do dia-a-dia: aumentos na quantidade e valor das bolsas, bibliotecas com horários estendidos, ampliação do atendimento do R.U e um longo etc.

A ANEL tem certeza de que essa luta autônoma tem que continuar, para isso, apoiamos e construímos a chapa ‘Tecendo o Amanhã – Pela UFPR eu queremos!’, porque ela é fruto da unidade daqueles estudantes honestos e dispostos que não deixarão nosso direito de se expressar e se mobilizar ir por água abaixo.

Convidamos aquelas e aqueles a virem conosco nessa caminhada exigindo mais verbas pra educação pública, realizando o plebiscito pelos 10% do PIB JÁ. Só assim, o direito de estudar dos jovens das escolas públicas e dos que já entraram na universidade poderá ser ampliado com qualidade. Estaremos ombro-a-ombro dos estudantes também nessa reivindicação, porque sabemos que as verdadeiras vitórias somente são efetivas quando nos movemos para conquistá-las.

Por isso, na quarta e quinta-feira dessa semana, vote ‘Tecendo o Amanhã’ com a certeza que podemos sim mudar os rumos da nossa educação. Vem com a gente!


Para mais informações e apoio acesse:

sábado, 19 de novembro de 2011

Vote pro DCE-UFPR: "Tecendo o amanhã - Pela UFPR que queremos"


A chapa Tecendo o Amanhã: Pela UFPR que queremos! é formada por estudantes que estão ao lado da educação pública, gratuita e de qualidade e se mobilizam para garanti-la. Nós participamos do processo de assembleias, discussões, greve e ocupação estudantil deste segundo semestre na UFPR. Lutamos por direitos que, na realidade, são necessidades do nosso cotidiano: R.U, bolsas, casas-estudantis e laboratórios são exemplos disso. Com um processo de mobilização que envolveu de mais de 4.000 estudantes, conquistamos diversas vitórias para todos nós! Acreditamos que o papel de uma gestão de DCE é estar lado-a-lado dos estudantes, ouvindo suas críticas e ideias para melhorar a universidade, além de ser autônoma, financeira e politicamente, pra defender os estudantes de verdade. Para isso, é essencial manter contato com os centros acadêmicos e com os estudantes de todos os campi, criar espaços de integração e, claro, continuar na defesa da universidade pública, gratuita, laica, de qualidade e socialmente referenciada. Além disso, lutamos pela qualidade do nosso ensino, por isso precisamos exigir também do governo federal, um imediato aumento do que é investido na educação pública do país.

Tecendo o Amanhã é uma chapa de unidade. Em sua composição estão tanto pessoas que construíram a atual gestão do DCE como pessoas que apoiaram e se inseriram nas mobilizações desse ano. Frente aos desafios colocados, entendemos que precisamos somar forças a favor da educação pública, o que implica lutarmos por mais investimentos neste setor, e, por isso, também faremos durante as eleições a campanha pelos “10% do PIB pra educação pública JÁ!”.

Assim, convidamos todas e todos a juntarem-se a nós e defender a UFPR que queremos: com mais investimentos, pública e gratuita, com políticas de assistência estudantil! Apóie nossa chapa, venha participar das atividades de campanha e nos dias 30/nov e 01/dez vote ‘Tecendo o Amanhã’. A greve e ocupação conquistaram diversas vitórias, mas ainda temos muito pelo que lutar!

domingo, 28 de agosto de 2011

O Caça Haddad Chega em Brasília



Todo mundo concorda que a educação é fundamental para o desenvolvimento do País. No Brasil, as metas deste setor estratégico são definidas no PNE (Plano Nacional de Educação) de dez em dez anos. O problema é que sem dinheiro o PNE não passa de uma carta de boas intenções. O governo tucano estabeleceu a meta de 7% para 2010, mas o governo do PT chegou mesmo aos 5%. Não bastasse isso, agora o governo Dilma anunciou um corte de R$ 3,1 bi na educação e estabelece que os 7% devem ser alcançados somente em 2020. E enquanto isso se corta impostos das grandes indústrias e sobra dinheiro para a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

E infelizmente esse não é o único problema. As metas do PNE não são cumpridas, porque na ação o governo investe dinheiro nas universidade privadas ao invés de investir nas públicas (PROUNI) e quer cumprir as metas de aumento de vagas sem considerar a qualidade de ensino (REUNI). A opção pelo incentivo aos cursos a distância, incluindo aí mestrados e doutorados é exemplo claro de diminuir custos, melhorar índices e formar sem qualidade. O NOSSO LUTO É NA AÇÃO: BRASIL E CHILE DEFENDENDO A EDUCAÇÃO!

Neste contexto, os estudantes que não se venderam para o governo começaram a perseguir o ministro Haddad pelo Brasil para reivindicar 10% do PIB pra Educação Pública Já. "10% Já" porque sabemos que metade do dinheiro é destinado ao pagamento de dívidas aos banqueiros. Dívida esta que já foi paga várias vezes e que só aumenta jogando o dinheiro público no lixo. "Educação Pública" porque entendemos que o Estado não deve usar dinheiro público para financiar e manter instituições particulares enquanto as públicas carecem de infra-estrutura e investimento.

Também houve Caça Haddad em Curitiba. Na Universidade Positivo estava acontecendo um evento internacional de educação e o ministro participou. Não sentiu nenhum problema em prestigiar os ricos pagantes do evento e desconsiderar totalmente que na mesma cidade a UFPR estava em greve geral. Quase fugindo o ministro disse que não entendia o motivo dos estudantes estarem reclamando de alguma coisa e que atenderia todos com muito prazer em Brasília.

O Ministro da Educação declarou que pode ir até a Positivo, mas não para a UFPR. Disse que não é capaz de ir até os revoltados estudantes dos cursos do REUNI e encarar eles e responder frente a frente. Mas no dia 24 de Agosto ele não esperava que os estudantes livres iriam cobrar satisfações no próprio Ministério da Educação e Cultura.


NÃO AO PNE DO GOVERNO!

sábado, 27 de agosto de 2011

UFPR na Marcha em Brasília

ESTUDANTES DA UFPR E ANEL-CURITIBA INDO PARA
 A MARCHA NACIONAL EM BRASÍLIA/DF.

No dia 24 de Agosto de 2011 ocorreu em Brasília uma marcha nacional contra as políticas do governo Dilma. O evento foi organizado pela CSP-CONLUTAS, ANEL, ANDES, MST, MTST e diversas outras entidades. A UFPR mandou três ônibus, um dos servidores, um do DCE e outro da ANEL. No dia seguinte foi realizada V Assembleia Nacional dos Estudantes Livres, na UnB.

A delegação de Curitiba contou com a presença de estudantes que estavam representando os mais diversos cursos da UFPR, com a notável participação dos estudantes do Litoral. Aliás, a UFPR foi louvada como exemplo nacional de mobilização, estudantes de todo o país fizeram coro ao "UFPR TOCANDO O TERROR, É GREVE DE ESTUDANTE, SERVIDOR E PROFESSOR".

Segundo a organização do evento participaram 20 mil pessoas. Alguns veículos de comunicação veicularam que a PM estimou em 5 mil pessoas, mas quem estava lá sabe que havia muito mais que isso. Quando a marcha deu a volta no Palácio do Planalto não era possível ver o final dela.

Além dos estudantes, estavam presentes metalúrgicos, petroleiros, professores universitários, trabalhadores dos Correios, profissionais da Educação, professores do Estado e do Município, servidores públicos federais, mineradores, bancários, rodoviários, além de integrantes de movimentos populares do campo e da cidade, aposentados, movimentos contra a opressão da mulher, dos negros e negras e dos homossexuais.

As categorias se dividiram após a volta na Esplanada dos Ministérios para suas pautas específicas. Os estudantes e professores se dirigiram para o MEC (Ministério da Educação); a Via Campesina foi para o Ministério das Comunicações e o MTL realizou manifestação no MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário).

Segundo o site da CSP-Conlutas, os integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) foram para o Ministério do Esporte, ocupando o local com cerca de 1,2 mil pessoas. Cobraram providências contra os despejos e remoções que vêm ocorrendo por conta da Copa e Olímpiadas, conforme já havia denunciado um de seus dirigentes e membro da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas, Guilherme Boulos.


As bandeiras da Jornada Nacional de Lutas:

- Defesa da aposentadoria e da previdência pública / fim do Fator previdenciário;
- Aumento geral dos salários;
- Redução da Jornada de trabalho sem redução salarial;
- Contra os cortes do orçamento / defesa do serviço público e dos direitos sociais do povo brasileiro / Combate à corrupção;
- Suspensão do pagamento da dívida externa e interna aos grandes especuladores;
- Em defesa da educação e da saúde pública;
- Em defesa dos servidores públicos;
- Em defesa do direito à moradia digna / Terra para quem nela trabalha, reforma agrária já;
- Nenhum direito a menos / Contra a terceirização e a precarização do trabalho;
- Contra as privatizações / Defesa do patrimônio e dos recursos naturais do Brasil;
- Contra a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais;
- Contra o novo Código Florestal / Em defesa do meio ambiente;
- Contra toda forma de discriminação e opressão.

domingo, 14 de agosto de 2011

Reunião entre estudantes grevistas e Reitoria UFPR

Nenhuma proposta apresentada para as pautas estudantis



 
Quinta feira dia 11 de agosto às 17:30h, a comissão de negociação do comando estudantil de greve se reuniu com a comissão de negociação da reitoria UFPR, da qual o reitor Zaki Akel Sobrinho não faz parte. Durante 5 horas, os estudantes explicaram algumas de suas pautas. Segundo a reitoria, elas estavam vagas por não especificar quais laboratórios estão em màs condições, quais departamentos precisam de mais professores e técnicos, quais bibliotecas estão precárias ou quais obras estão inacabadas. Compreendemos essa atitude como uma tentativa de ganhar tempo, visto que é mais fácil apontar quais laboratórios estão em bom estado, que apontar todos que que caem aos pedaços. No curso de Engenharia de Combustíveis, em Palotina, os formandos deixam a Universidade sem ter sequer uma aula prática, o motivo é a falta de laboratórios que atinge os mais diversos setores da Universidade. Na perspectiva da falta de professores e técnicos, voltamos ao mesmo problema. Nossa pergunta é: existe algum setor da Universidade trabalhando com pleno pessoal?

O discurso de seus representantes muito se aproximou da fala demagógica do reitor durante a manhã daquele dia, girando principalmente em torno da necessidade de dialogarmos. Faz-se necessário lembrá-los da natureza de um diálogo, onde os lados apresentam suas propostas. Quando apenas um lado se coloca de forma objetiva, não se caracteriza um diálogo, mas sim um monólogo. E nós não queremos falar com as paredes. Desta forma, afim de elucidar suas reivindicações, evitando falsas polêmicas, a comissão estudantil preparou novo documento com as pautas locais específicas de cada curso. A Reitoria tem prazo para avaliação até segunda feira, 15, à tarde.

Compreendemos a nacionalidade de muitos dos nossos problemas. O corte de verbas do governo para investimentos na educação e na saúde e o congelamento dos gastos com pessoal no serviço público federal, demonstram o caráter das políticas de nosso país. A precarização oriunda do REUNI, o desvio de verba pública para os ricassos da indústria da educação privada via PROUNI e o modelo de prova do ENADE, apenas explicitam que de forma crescente, a educação torna-se direito de uma minoria. Se o reitor se coloca, em palavras, ao lado dos trabalhadores e estudantes pela luta por uma educação pública de qualidade, nós o convidamos a pressionar o governo contra a aprovação do PL 549 (congelamento dos gastos com pessoal), do PL 1749 (privatização dos hospitais universitários) e pelos 10% do PIB para educação pública ao acesso de todos JÁ! Que venha a reitoria da UFPR participar da marcha à Brasilia no dia 24 de agosto!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Greve paralisa UFPR

Greve de estudantes e indicativo de greve dos professores demonstra descontentamento com o projeto de educação do país





Nessa quinta feira (04/08/11) de inverno curitibano, grandes acontecimentos agitaram o movimento grevista já em curso na UFPR. Primeiro, às 16h aconteceu a assembléia da categoria docente no auditório da Administração no Centro Politécnico, onde, em maioria absoluta os professores votaram indicativo de greve. Segundo o presidente da APUF-PRsind (Associação de Professores Universitários Federais), a pauta dos professores não difere tanto assim da dos servidores. A necessidade urgente de concursos públicos para preenchimento de vagas, o congelamento salarial e a falta de um plano de carreira são as principais reivindicações.

Às 19h, ao som de bateria, os estudantes lotaram as escadarias do DCE e a porta do RU Central. Logo após a breve confraternização, todos sentaram-se, depois de tanto tempo, nas cadeiras do amado restaurante. A Anel, o DCE UFPR e muitos centros acadêmicos - destacando aqui os representantes do Litoral e Palotina - estiveram presentes, realizando falas de apoio à greve. Além de muitas outras que denunciavam o descaso do governo do PT e as precárias condições da educação, não só na UFPR, como em todo o país.

A assembléia teve inicio com a servidora técnica Carla Cobalchini expondo todo o processo de paralisação dos servidores. Na sequência, o professor Luiz Allan, representando o sindicado dos professores, deu a noticia do indicativo de greve docente, justificando suas pautas. Dentre elas, destaca-se a crítica ao REUNI, projeto que foi um dos principais centros de debate dos estudantes, juntamente com o novo PNE (Plano Nacional de Educação), as políticas de cortes de verba do governo e a luta contra qualquer forma de opressão.

Após muitos relatos indo desde falta de professores à aulas no estacionamento por falta de espaço melhor, os estudantes compreenderam que todos os problemas locais de cada curso se uniam com as pautas de melhoria da universidade que os técnicos e professores reinvidicam: o abondono da educação pública, privilegiando a iniciativa privada.

Dos mais de 400 presentes, menos de 5 foram contra a paralisação estudantil. As metas do REUNI - que dobra o número de vagas nas Universidades públicas aumentando a verba repassada em apenas 20% - e do PROUNI - que desvia dinheiro público para os barões da educação - são ampliados no novo PNE. Vale lembrar que o problema da evasão escolar é deixado de lado, ignorando que atualmente somente 4% dos jovens acessam a universidade pública. Devemos lutar contra esse projeto, exigindo o investimento de 10% do PIB pra educação pública, JÁ!

O calendário de greve estudantil já conta com uma reunião aberta do Comando de Greve de estudantes às 19h, que será no 4º andar do DCE para liberar um calendário de atividades para a paralisação e segunda-feira haverá um grande ATO com concentração às 11h na Praça Santos Andrade.


Confira tudo a cobertura completa da Greve aqui no blog e participe da greve também!
Conheça a ANEL! "O novo pede passagem"

8h - Passagem em sala no Direito, que está tendo aula e furando a greve - Santos Andrade

10h - Mesa Setor de Jurídicas sobre o Direito de greve - Santos Andrade.

10h - Ato aniversário HC - no Teatro da Reitoria.

14h30 - CEPE / Ato no CEPE - pátio da reitoria

19h - Reunião Comando de Greve - 4º andar do DCE

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Campanha 10% do PIB

Carta de Lançamento da Campanha Nacional

Por que aplicar já 10% do PIB nacional na Educação Pública?


A educação é um direito fundamental de todas as pessoas. Possibilita maior protagonismo no campo da cultura, da arte, da ciência e da tecnologia, fomenta a imaginação criadora e, por isso, amplia a consciência social comprometida com as transformações sociais em prol de uma sociedade justa e igualitária. Por isso, a luta dos trabalhadores na constituinte buscou assegurá-la como “direito de todos e dever do Estado”.

No entanto, o Estado brasileiro, por expressar os interesses dos ‘donos do poder’, não cumpre sua obrigação Constitucional. O Brasil ostenta nesse início de século XXI, se comparado com outros países, incluindo vizinhos de América Latina, uma situação educacional inaceitável: mais de 14 milhões de analfabetos totais e 29,5 milhões de analfabetos funcionais (PNAD/2009/IBGE) – cerca de um quarto da população - alijada de escolarização mínima. Esses analfabetos são basicamente provenientes de famílias de trabalhadores do campo e da cidade, notadamente negros e demais segmentos hiperexplorados da sociedade. As escolas públicas – da educação básica e superior - estão sucateadas, os trabalhadores da educação sofrem inaceitável arrocho salarial e a assistência estudantil é localizada e pífia.

Há mais de dez anos os setores organizados ligados à educação formularam o Plano Nacional de Educação – Proposta da Sociedade Brasileira (II Congresso Nacional de Educação, II Coned, Belo Horizonte/MG, 1997). Neste Plano, professores, entidades acadêmicas, sindicatos, movimentos sociais, estudantes elaboraram um cuidadoso diagnóstico da situação da educação brasileira, indicando metas concretas para a real universalização do direito de todos à educação, mas, para isso, seria necessário um mínimo de investimento público da ordem de 10% do PIB nacional. Naquele momento o Congresso Nacional aprovou 7% e, mesmo assim, este percentual foi vetado pelo governo de então, veto mantido pelo governo Lula da Silva. Hoje o Brasil aplica menos de 5% do PIB nacional em Educação. Desde então já se passaram 14 anos e a proposta de Plano Nacional de Educação em debate no Congresso Nacional define a meta de atingir 7% do PIB na Educação em ... 2020!!!

O argumento do Ministro da Educação, em recente audiência na Câmara dos Deputados, foi o de que não há recursos para avançar mais do que isso. Essa resposta não pode ser aceita. Investir desde já 10% do PIB na educação implicaria em um aumento dos gastos do governo na área em torno de 140 bilhões de reais. O Tribunal de Contas da União acaba de informar que só no ano de 2010 o governo repassou aos grupos empresariais 144 bilhões de reais na forma de isenções e incentivos fiscais. Mais de 40 bilhões estão prometidos para as obras da Copa e Olimpíadas. O Orçamento da União de 2011 prevê 950 bilhões de reais para pagamento de juros e amortização das dívidas externa e interna (apenas entre 1º de janeiro e 17 de junho deste ano já foram gastos pelo governo 364 bilhões de reais para este fim). O problema não é falta de verbas públicas. É preciso rever as prioridades dos gastos estatais em prol dos direitos sociais universais.

Por esta razão estamos propondo a todas as organizações dos trabalhadores, a todos os setores sociais organizados, a todos(as) os(as) interessados(as) em fazer avançar a educação no Brasil, a que somemos força na realização de uma ampla campanha nacional em defesa da aplicação imediata de 10% do PIB nacional na educação pública. Assim poderíamos levar este debate a cada local de trabalho, a cada escola, a cada cidade e comunidade deste país, debater o tema com a população. Nossa proposta é, inclusive, promover um plebiscito popular (poderia ser em novembro deste ano), para que a população possa se posicionar. E dessa forma aumentar a pressão sobre as autoridades a quem cabe decidir sobre esta questão.

Convidamos as entidades e os setores interessados que discutam e definam posição sobre esta proposta. A idéia é que façamos uma reunião de entidades em Brasília (dia 21 de julho, na sede do Andes/SN). A agenda da reunião está aberta à participação de todos para que possamos construir juntos um grande movimento em prol da aplicação de 10% do PIB na educação pública, consensuando os eixos e a metodologia de construção da Campanha.

Greve dos servidores da UFPR

Suspensão das Matrículas na UFPR!

Uma medida para fortalecer a greve e pressionar o governo Dilma a atender as reivindicações dos servidores das Universidades Federais.

 


Para fortalecer suas reivindicações e pressionar o governo a negociar, os servidores da UFPR em greve decidiram por suspender temporariamente as matrículas do segundo semestre de 2011 no portal do aluno. Os prazos para as matrículas serão prorrogados pela universidade, sem prejuízo aos alunos. Os casos especiais podem ser avaliados pela Comissão de Ética localizada no RU Central.

Desde o último dia 15 de junho de 2011, os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná estão em greve, incorporando-se à greve nacional da categoria.

A greve deve ter o apoio dos estudantes para que pressionar o governo a atender suas reivindicações que são pela melhoria da universidade e das suas condições de trabalho. Não devemos nos colocar contra os técnicos e sim apoiá-los, pois eles estão defendendo a melhoria da universidade através de um instrumento legítimo e legal, a greve. Por isso rechaçamos o chamado, por alguns estudantes, à “invasão do CCE”, centro de informática da Universidade responsável pelo portal do aluno. Atitude esta que não apenas desrespeita o direito que os trabalhadores têm de fazerem greve, mas também reforça a política de cortes de verbas para a educação, distanciando os estudantes dos trabalhadores da universidade. A luta por melhores condições de ensino deve ser unificada.

É difícil imaginarmos como a universidade pode melhorar sem concursos públicos, que aumentem o quadro de servidores e sem repor as perdas geradas pela alta inflação, já que a proposta do governo é congelar o salário destes servidores por dez anos!

Ainda sendo uma greve nacional, o governo federal segue se negando a negociar com o movimento grevista, chegando ao ponto do ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmar que a greve não causaria impacto sobre a matrícula dos alunos no primeiro semestre. Justamente por isso, a compreensão dos estudantes e o apoio são importantes para a melhoria educação.

A categoria realiza assembleias semanais no Restaurante Universitário Central. Procure saber mais sobre a greve e suas reivindicações no http://greveufpr.org/

A ANEL se solidariza e dá o seu apoio total à greve dos servidores de todo o Brasil. Dispomos nossas forças para essa luta! Também chamamos todos os movimentos sociais a se incorporarem, pois só através da luta direta podemos garantir conquistas!


ANEL – Assembleia Nacional dos Estudantes - Livre!