quarta-feira, 25 de julho de 2012

A luta continua!

A greve nas universidades federais já atinge a marca dos 2 meses e apesar da desocupação de reitoria da UFPR a luta continua!
Essa semana os técnicos-administrativos declararam que não irão fazer matrículas e não haverá vestibular caso o governo federal continue com uma postura absurda de não negociação. Veja mais!
Impulsionando a Semana Nacional de Ações Radicalizadas votada pelo Comando Nacional de Greve dos Estudantes, @s estudantes da UFRJ também ocuparam o Canecão, tradicional casa de cultura que é parte do terreno da universidade. Leia o panfleto de divulgação!
Em resposta a essa grande onda de mobilização o governo agendou uma reunião de negociação oficial com o CNGE no dia 31 de julho.
Dessa vez queremos respostas concretas, mas não vai ser fácil já que o governo também criou uma comissão composta pelo MEC, Andifes e a UNE para acompanhar as pautas que foram apresentadas pela entidade ao governo. Nós repudiamos mais essa tentativa do governo federal e suas instituições de desmobilizar essa greve tão forte. Publicamos abaixo o boletim informativo n° 12 para maiores informações.

Agora é seguir em frente lutando, de norte a sul do país, para arrancarmos de vez nossas conquistas! A educação não pode esperar!



domingo, 22 de julho de 2012

Fortalecer o Comando Nacional de Greve!

Doe 1 real pro Comando Nacional! 
Pela construção de movimento estudantil independente e auto-financiado :)


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Acompanhe a luta estudantil nacional!

É hora de continuar pressionando o governo federal e a reitoria para a abertura da negociação com @s estudantes! Entre em contato e participe das atividades!





quarta-feira, 4 de julho de 2012

A luta se intensifica: ocupação da reitoria UFPR!

A força da articulação nacional do movimento estudantil!


O dia 3 de julho foi marcante por todo o país como sendo um Dia Nacional de Mobilização. Estudantes das universidades federais em greve saíram às ruas, no ato 3J, para reivindicar melhorias na qualidade da educação pública e provar que é possível e necessária uma articulação nacional dos estudantes. Exemplos disso foram as mobilizações ocorridas no Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Alagoas, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Espirito Santo, Sergipe, Minas Gerais, Pernambuco e Distrito Federal, impulsionadas pelo Comando Nacional de Greve (CNGE).
Aqui na UFPR, o ato contou com 200 estudantes, infelizmente, nenhum deles da UNE, entidade que não apoia a mobilização, muito pelo contrário, chamou um ato para o dia seguinte em uma tentativa clara de desmontar a greve.
O trajeto começou na Praça Santos Andrade, se estendendo até a sala dos conselhos no prédio da reitoria. Simultaneamente, a comissão de negociação dos estudantes estava em reunião com a reitoria e, novamente, não obteve respostas concretas, apenas enrolação!




Se o governo não negocia conosco,
E a reitoria não apresenta propostas concretas...

A única saída que tivemos foi radicalizar o movimento! Essa decisão foi tomada, depois de muito debate na VI Assembleia Geral realizada ontem no hall de entrada da reitoria. Os estudantes entenderam que diante da  postura do governo em não negociar conosco, da UNE em tentar boicotar o movimento e da reitoria em não apresentar propostas concretas, a única resposta possível é ocupar a reitoria com dois objetivos:

1 - Mercadante, negocie imediatamente com o Comando Nacional de Greve dos Estudantes!
2 - Reitoria UFPR, apresente imediatamente propostas concretas às reivindicações estudantis!

Os representantes da UFPR no CNGE levarão às reuniões a proposta de impulsionar ocupações em todo o Brasil! Agora é hora de fortalecer ainda mais nosso movimento, que continuará em luta!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

ALERTA Mercadante e Zaki!

Amanhã, 3 de julho, grandes manifestações organizadas por estudantes irão ocupar as ruas desse país! Trata-se de organização nacional que está sendo feita a partir dos comandos locais e do comando nacional de greve dos estudantes com o objetivo de mostrar à população, governo federal e reitorias quais são nossas reivindicações e colocá-los na parede, para que a educação pública seja mesmo prioridade na prática!
Aqui na UFPR já estamos construindo o ato e também nossa VI Assembleia Geral de Estudantes!

É muito importante a presença de todo mundo engrossando esse coro por uma educação pública, gratuita e de qualidade, além de exigir que a reitoria nos apresente uma proposta concreta e que o MEC negocie com o Comando Nacional de Greve d@s Estudantes!

Nossa aula agora é nas RUAS!

Concentração do ATO: 15h30 - Praça Santos Andrade
Assembleia Geral: 18h30 - R.U Central



Fortalecer as greves locais e nacional!


terça-feira, 26 de junho de 2012

E a greve continua crescendo!

Essa greve nacional que continua se alastrando pelo país está cada vez mais forte! No último dia 20 de junho, cerca de 80 mil lutadores ocuparam as ruas do Rio de Janeiro exigindo do governo respostas ao caos na educação, saúde, meio-ambiente, transporte, segurança, etc. Não é por menos. Desde 2010, foram sucessivos os cortes nas áreas sociais, em especial, na educação pública.

 Ato no RJ dia 20/06

Dia 19 desse mês, estudantes de música da UFMG entraram em greve, dia 20 os professores da UFFS aderiram o movimento, essa semana os estudantes de Serviço Social da UFSC paralizaram suas atividades e ontem, dia 25, os professorem da UFRGS aderiram a greve. Esses fatos demonstram que nossa greve, felizmente, está numa crescente!
Apesar de Aloísio Mercadante dizer que a greve dos professores prejudica os estudantes, nós nos somamos ao movimento e reivindicamos nossas próprias pautas, necessidades do dia-a-dia, após a desastrosa implementação do REUNI.

Assim, para continuar fortalecendo esse movimento convidamos todas e todos a se somarem nas atividades semanais da greve e participarem das Assembleias Gerais, a próxima será nessa quarta-feira às 18h30. Tire o pijama e some-se a luta!



quinta-feira, 21 de junho de 2012

É HOJE: IV Assembleia Geral de Estudantes da UFPR

A delegação da ANEL chegou hoje do Ato Nacional em Defesa da Educação Pública realizado nessa quarta-feira no Rio de Janeiro e está preparada para ir a Assembleia Geral de Estudantes.
Convidamos todas e todos a participarem de mais esse momento importate para fortalecer nossa greve geral da educação.
Até lá!


terça-feira, 19 de junho de 2012

Todos ao Arraiá do Sabará!

Neste sábado, dia 23 a partir do meio dia, estará acontecendo a Festa Junina do Sabará (Cidade Industrial de Curitiba). Todos estão convidados a ajudar na construção do Movimento Popular em Curitiba e, claro, a festar.

O Sabará está encampando desde o início deste ano a luta por moradia. São trabalhadores que não aguentam mais esperar pela atenção do Estado e ver seu pouco dinheiro sendo gasto por toda a vida em algo que não poderão chamar de seu. Ocuparam um terreno abandonado a mais de trinta anos pela prefeitura, ou seja, que não cumpria sua função social. Foram expulsos com truculência pela polícia, porque Beto Richa (PSDB) e Luciano Ducci (PSB) querem que eles paguem aluguel para alimentar os lucros do setor imobiliário.

Assim como a ANEL, o Sinditest e o ANDES, os trabalhadores do Sabará participaram do I Congresso da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular) este ano. Inclusive participaram da II Assembleia Regional da ANEL aqui em Curitiba, depositando a confiaça na construção do novo movimento estudantil por fora da UNE, que assim como a CUT, foi transformada em um braço do governo contra aqueles que lutam.

Acreditamos que todos os estudantes devem se somar na luta por moradia!
Vamos construir um novo movimento estudantil, aliado dos trabalhadores, dos movimentos populares e dos que lutam contra as opressões (racismo, machismo e homofobia)!

ARRAIÁ DO SABARÁ
Convites antecipados custam R$ 10,00 com direito a uma ficha de consumação de refrigerante, pipoca, cachorro quente, algodão doce, pinhão, quentão.

Onde: R. Lauro Shereiber, no campo de futebol atrás do Colégio Mansur. 
Como ir: No Terminal do Caiuá pegar o ônibus Vila Marisa (mas cuidado, pegue o Vila Marisa sentido Vila Marisa) e desça no ponto final. Suba a rua até encontrar um campo de futebol.
Para que?: Construir o movimento popular.

Convites antecipados com Karen (3042-4790 / 9857-7868)




terça-feira, 12 de junho de 2012

Quarta: III Assembleia Geral de Estudantes da UFPR

A greve geral na educação pública superior continua se alastrando por todo país!
No dia de ontem (11), em assembleia lotada no R.U Central, os técnicos-administrativos de nossa universidade votaram pelo início da greve, tornando o movimento mais unificado e fortalecido. Nós, estudantes livres, declaramos total apoio a luta dos servidores públicos federais, que se somam a uma luta nacional em defesa de uma expansão na educação pública com qualidade! Veja o calendário de greve dos técnicos.
Na última Marcha em Brasília, realizada no dia 5 de junho, estudantes de 40 universidades se manifestaram exigindo do governo federal o fim do REUNI e um investimento de 10% do PIB na educação pública JÁ! Além disso, foi aprovado um Comando Nacional de Greve para organizar essa luta.
Agora é hora da UFPR se somar a essa iniciativa! Amanhã em nossa Assembleia temos a grande tarefa de eleger dois delegados para compor esse comando, que deve ser democrático, controlado pela base, com seus mandatos revogáveis. Também aprovaremos a pauta geral que será negociada com a Dilma e com a reitoria. Assim, a pauta será:

1- Informes ( Técnicos, Docentes e Estudantes)
2- Aprovação da Pauta Estudantil
3- Aprovação da Comissão de Negociação
4- Comando Nacional de Greve

Saudações grevistas! ;)

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Marcha em Brasília: O movimento estudantil fazendo história!

No último dia 05 de junho, mais de 3.000 estudantes de todo o país estiveram em Brasília ao lado dos servidores públicos federais e docentes lutando em defesa da educação pública e por uma expansão com 10% do PIB pra educação! A delegação do paraná contou com 28 estudantes da UFPR, que se juntaram ao coro dos demais e marcaram presença nessa grande manifestação!
Veja abaixo o manifesto aprovado na plenária estudantil, que votou um Comando Nacional de Greve e um calendário unificado de atividades para transformar as lutas que estão ocorrendo em uma só!
Compartilhe também o informativo nº 1 sobre a Marcha em Brasília! Agora é greve geral em toda federal!



Bruna Ornellas, pelo comando de greve da UFPR

"Não quero tchú, nem quero tchá, eu quero 10% do PIB JÁ!"


terça-feira, 29 de maio de 2012

ESTUDANTES DA UFPR EM GREVE!

GREVE ESTUDANTIL É APROVADA NA UFPR POR AMPLA MAIORIA DA ASSEMBLEIA DOS ESTUDANTES!


Reunidos no pátio da Reitoria da UFPR, os estudantes aprovaram greve estudantil, cantando a palavra-de-ordem "UFPR TOCANDO O TERROR, É GREVE DE ESTUDANTE, SERVIDOR E PROFESSOR!". 


Os estudantes deixaram claro em suas falas que o problema é a falta de infra-estrutura, é a qualidade de ensino, é o ataque do governo ao tripé ensino-pesquisa-extensão, é a privatização dos serviços públicos, é a política de expansão da universidade sem investimento em educação, é o REUNI. Também colocaram que um dos mais graves problemas é a opressão e a violência contra as mulheres, o machismo.

Apesar da UNE tentar transformar a luta por paridade qualificada nas eleições para reitoria e conselhos universitários como principal necessidade da nossa universidade, a maioria não aprovou tamanha ênfase a isto. Afinal, uma eleição mais justa não mudaria substancialmente nada por si só.

Agora é necessário fazer a greve! Greve não é ficar em casa, é buscar apoio da sociedade na rua! É construir os comandos de mobilização locais, é unificar de fato as três categorias, por isso, aprovamos como encaminhamento da assembleia um comando unificado de negociação. Importante também será a unificação das três categorias em Brasília. Os professores e os técnicos possuem articulação nacional, nós precisamos construir o Comando Nacional de Greve dos Estudantes.

Para mudar de fato a realidade da educação pública brasileira e de nossa universidade só há um caminho: enfrentar o descaso do governo e o PNE (Plano Nacional de Educação). Por isso, a ANEL, em conjunto com o ANDES-SN e a FASUBRA, chamam todas e todos para Marcha Nacional pela Educação, dia 5 de Junho em Brasília! 

Aqui na UFPR, estamos construindo o Comando Local de Greve junto com outros coletivos e estudantes. Participe você também! As reuniões são feitas no 4º andar do DCE todas segundas e quintas-feiras às 19h.


NÃO SOU CAPACHO DO GOVERNO FEDERAL, 
SOU ESTUDANTE LIVRE DA ASSEMBLEIA NACIONAL!

É HOJE!

Estudantes da UFPR, hoje às 19h no Pátio da Reitoria acontecerá a Assembleia Geral de Estudantes.
Na primeira assembleia aprovamos total apoio à greve dos professores que lutam em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade.
Agora, debateremos as assembleias que foram realizadas nos cursos e se nós, estudantes, entraremos em greve para lutar por nossos direitos e em defesa de uma expansão com qualidade!
É fundamental a participação de todas e todos para fazermos um movimento estudantil democrático e combativo!
A ANEL estará presente, esperamos você lá! ;)


segunda-feira, 28 de maio de 2012

Rumo a Brasília



FASUBRA E ANDES-SN CHAMAM A MARCHA NACIONAL DA EDUCAÇÃO
DIA 5 DE JUNHO, EM BRASÍLIA

RUMO A CONSTRUÇÃO DO COMANDO NACIONAL DE GREVE DOS ESTUDANTES!
"ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO! EU QUERO 10% DO PIB PRA EDUCAÇÃO!"

domingo, 27 de maio de 2012

Manifesto do Movimento Estudantil Brasileiro

TODO APOIO À GREVE DA EDUCAÇÃO!

Vivemos a maior greve das instituições federais de ensino superior da última década. A partir do chamado pelo ANDES-SN da greve dos professores no dia 17 de maio e o indicativo de greve da FASUBRA para 11 de junho, foi uma enxurrada de assembléias massivas e uma após a outra, as universidades e institutos federais aprovando a greve. Entre os estudantes, muita solidariedade à greve dos professores e funcionários. O movimento estudantil brasileiro deve prestar todo o seu apoio à luta das diferentes categorias em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Essa luta também é nossa!

Não é a toa que vivemos esse período atual de lutas e greves. Só nos últimos 2 anos, o governo Dilma cortou quase R$5 bilhões da educação. Ao mesmo tempo, apresentou o novo Plano Nacional da Educação que não resolve o grande problema da falta de investimento, propondo apenas 7% do PIB só para 2020.

Nos últimos 5 anos, fruto da implementação do REUNI, as universidades federais passaram por um processo de expansão que não veio acompanhado dos recursos necessários, e agora acumularam-se diversos problemas. Falta assistência estudantil (bolsas, restaurantes universitários, moradias, creches universitárias), professores efetivos, estrutura física e novos prédios, segurança nos campi, e um longo etc. Para os trabalhadores das universidades, muita sobrecarga de trabalho, com salas de aula super-lotadas, professor efetivo contratado como temporário, escassez das bolsas de pesquisa e extensão, aumento médio de até 40% do número de horas-aula, a falta de um plano de carreira digno.

Em 2007, na forte mobilização nacional que ocupou diversas reitorias quando o REUNI foi aprovado, os estudantes alertaram que isso aconteceria. 5 anos depois, essa greve só comprova a irresponsabilidade da expansão orquestrada pelo governo federal. Não basta expandir as universidades, é preciso sustentar essa expansão! Se o governo federal não ampliar de fato o investimento para a educação, desde as creches públicas, as escolas municipais e estaduais, até o ensino superior, essa situação nunca irá se solucionar. Queremos Expansão com 10% do PIB para a Educação!

É por isso que nós, entidades estudantis abaixo-assinadas, organizamos esse Manifesto do Movimento Estudantil Brasileiro, declarando “Todo Apoio à Greve da Educação!” e convocando os estudantes à luta. Enquanto a juventude está em luta no mundo inteiro, derrubando ditaduras e enfrentando os efeitos da crise econômica, chegou a hora de da juventude brasileira também entrar em cena. Vamos defender nossa educação, pública gratuita e de qualidade, junto com a classe trabalhadora, pra transformar o Brasil! 

Chamamos todas e todos estudantes para construir uma Marcha Nacional da Educação que será realizada no dia 5 de junho em Brasília, chamada pela FASUBRA e o ANDES-SN, que servirá pra pressionar nossos governantes a atender as reivindicações. E no mesmo dia, fazer a primeira reunião do Comando Nacional de Greve dos Estudantes, que possa unificar o conjunto do movimento estudantil e traçar os próximos desafios para nossa mobilização. Paute na sua entidade e assembléias estudantis e venha se somar a essa luta!

Assinam esse manifesto:

ANEL, DCE Livre da USP, DCE UFJF, DCE UFRGS


domingo, 20 de maio de 2012

Pela construção do Comando Nacional de Greve dos Estudantes!

Declaração da ANEL de apoio à greve das IFES e pela construção do Comando Nacional de Greve dos Estudantes

 
“...Não aceiteis o que é de hábito como coisa natural,
Pois em tempo de desordem sangrenta,
De confusão organizada,
De arbitrariedade consciente,
De humanidade desumanizada,
Nada deve parecer natural,
Nada deve parecer impossível de mudar.”
 Bertolt Brecht

Através desta declaração, a ANEL presta seu total e irrestrito apoio à greve dos docentes das Instituições Federais de Ensino Superior. Pela justeza de suas reivindicações e a força de sua mobilização, nos somamos às assembléias e comandos de greve e convocamos todos os estudantes a também se levantar, em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade, e de uma expansão com 10% do PIB para a educação. Essa luta é de todos nós, trabalhadores e estudantes brasileiros.

A força da greve é impressionante. Até o momento, já são 45 IFES que aprovaram parar, sendo 41 universidades e 4 institutos. Além destas, há diversos informes de assembléias que serão realizadas nos próximos dias para deliberar sobre a greve. De acordo com Pires, 2º vice-presidente da Regional Rio Grande do Sul do ANDES-SN: “Quem estava em dúvida se era oportuno entrar na greve, agora, devido à força inicial, tem decidido pela paralisação”. De acordo com a nota oficial do Comando Nacional de Greve: “são muitos os relatos de assembléias e atos públicos considerados históricos pelo número de participantes, qualidade dos debates e entusiasmo. A greve se mostra forte desde o início e o conjunto de informações indicam que o movimento se ampliará ainda mais nos próximos dias.” Não é nenhum exagero afirmar que este movimento grevista de 2012 deverá superar a histórica greve de 2001.

Veja as IFES que já aprovaram a greve

Já estão em greve: UFAM, UFPA, UFRA, UFOPA, UNIFAP, UNIR, UFRR, UFAC, UFMA, UFPI, IFPI, UFPB, UFCG, UFAL, UFPE, UFRPE, UFS, UFERSA, IFC, UNIVASF, UFMT, UFG campus catalão, UFGD, UFOP, CEFET/MG, CTU/JF, UFLA, UNIFAL, UFV, UFU, UFVJM, UFSJ, UFTM, UFES, UNIPAMPA, FURG, UFPEL, UFPR, UTFPR.
  
Entra na segunda (21/05): UFRB, UnB, UFJF, UniRio, UFRRJ. 
Entra na terça (22/05): UFF.

Entenda por que os professores entraram em greve

Quando um estudante se depara com a situação dos seus professores pararem as aulas para fazer greve, muitas vezes a reação imediata é questionar, já que estaria prejudicando as suas aulas. Contra essa reação, a ANEL alerta: a culpa de estarmos sem aulas é do governo federal, e não dos professores em greve, e nas próximas linhas explicitaremos o porquê.

Em 2011, no ano passado, o ANDES-SN fechou um acordo com o governo federal que incluía reestruturação da carreira docente, valorização do piso e incorporação das gratificações, o que ficou chamado de “Acordo 04/2011”. Como explicitava a ‘cláusula III’ do acordo, “a representação governamental adotará as providências necessárias para que os efeitos financeiros das medidas previstas nesta cláusula sejam implementados em março de 2012”. Já estamos em maio e o acordo foi descumprido.

Diante da ameaça de greve, o governo apresentou no dia 14 de maio a Medida Provisória 568/12, que inclui parte do acordo firmado ano passado (reajuste de 4%) e mais uma série de elementos bastante polêmicos. Sequer contempla a principal reivindicação relativa à reestruturação da carreira docente, o que foi o motivo fundamental da deflagração da greve. Fica claro que foi uma jogada política para buscar desarticular a greve, mas os professores que não são bobos nem nada, não caíram nessa.

A MP 568/12 transforma os adicionais de insalubridade e periculosidade em valores fixos, ao invés de serem por porcentagem (como funciona hoje). Além de ter fixado os valores nivelando por baixo, retira a possibilidade de reajuste dos adicionais, já que sendo fixos não poderiam sofrer alterações. Além disso, reduz quase que pela metade o salário dos médicos dos Hospitais Universitários. Como se não bastasse apresentar o projeto da EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – para ser votado nos Conselhos Universitários, que avança na privatização dos HUs, ainda diminui a valorização do trabalho dos médicos. É preciso exigir ao governo que retire já essa MP e negocie com o Comando de Greve, atendendo suas reivindicações. Até agora, o governo Dilma se mostrou intransigente ao diálogo.

Para os técnico-administrativos, de acordo com a FASUBRA, a pauta tem como eixos fundamentais: aumento do piso salarial, solução das pendências na carreira, reposicionamento dos aposentados, reajuste salarial de 22,08% (com reposição da inflação de 2010 e 2011), data base dia 1º de maio, definição de uma política salarial digna para os trabalhadores do serviço público.

Há, no entanto, um elemento extremamente potencializador das revoltas entre os docentes e técnico-administrativos, que não se traduz exatamente por essas reivindicações. Nos últimos anos, acumulou-se uma condição cada vez mais precária de trabalho nas universidades, e é impossível não identificar essa situação com o processo de expansão desordenado e sem recursos promovido pelo governo federal através do REUNI.  
                  
A expansão deve ter direito à qualidade!

Imagine um balão de ar. Na medida em que você assopra mais, ele vai crescendo. Por conta do limite da sua elasticidade, para seguir soprando e o fazer ficar ainda maior, ou você compra outro, mais largo e com uma borracha mais resistente, ou inevitavelmente ele vai estourar. A partir desta metáfora, é possível compreender o que se passa nas universidades e institutos federais com um processo de expansão que, nos últimos 5 anos, foi feito sem o aumento necessário de verbas. É um absurdo que cerca de apenas 4% da juventude brasileira tenha acesso às universidades públicas, portanto a expansão das vagas é extremamente necessária. Para se fazer isso com qualidade, porém, é necessário tratar com prioridade e investir os recursos necessários, e não foi isso que o REUNI fez.

O REUNI – Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – o conhecido decreto 6096 instaurado pelo governo Lula em 24 de abril de 2007, buscava impor centralmente duas metas para as universidades federais, que propunham quase dobrar o número de alunos pro professor e praticamente atingir a aprovação automática, contidas em seu artigo 1º:

“§ 1o  O Programa tem como meta global a elevação gradual da taxa de conclusão média dos cursos de graduação presenciais para noventa por cento e da relação de alunos de graduação em cursos presenciais por professor para dezoito, ao final de cinco anos, a contar do início de cada plano.”

Para atingir as metas, o decreto apontava, entre outras questões, uma “revisão da estrutura acadêmica” e a “diversificação das modalidades de graduação” (artigo 2º, diretrizes III e IV). Tratava-se da reestruturação completa dos currículos, da abertura de novos cursos de graduação com carga horária e determinação profissional mais enxuta e flexível, além de avançar para a construção dos chamados “Bacharelados Interdisciplinares”.

O REUNI promoveu um aligeiramento dos currículos e um processo crescente de substituição dos cursos profissionalizantes ou criação de novos “tecnólogos”, com a simplificação das graduações. Ou seja, a universidade pública perde a qualidade no ensino que apesar de todas as desigualdades ainda conseguia resistir e passa por uma metamorfose para transformar-se em um grande “escolão de 3º grau”. O governo federal trabalhou com números e estatísticas, e não estudantes que seriam futuros profissionais de qualidade, e assim tenta nos impor uma formação barata para cumprir papel de mão-de-obra de baixa qualificação e ocupar postos de trabalho precarizados.

Para viabilizar a implementação do projeto financeiramente, as universidades federais receberiam um “incentivo”, expresso no artigo 3º do decreto:

“§ 1o  O acréscimo de recursos referido no inciso III será limitado a vinte por cento das despesas de custeio e pessoal da universidade, no período de cinco anos de que trata o art. 1o, § 1o.”

O decreto apontava ainda, no mesmo artigo, que a expansão deveria garantir:

“I - construção e readequação de infra-estrutura e equipamentos necessárias à realização dos objetivos do Programa;
II - compra de bens e serviços necessários ao funcionamento dos novos regimes acadêmicos; e
III - despesas de custeio e pessoal associadas à expansão das atividades decorrentes do plano de reestruturação.”

Os cinco anos que aborda o decreto passaram, e agora temos o dever de questionar:

As universidades federais que viveram o REUNI receberam o investimento necessário?
Os três pontos acima relatados no decreto foram respeitados pelo governo federal?
Foi preservado o tripé ensino-pesquisa-extensão?
Em base a que condições de trabalho para professores e funcionários o projeto foi implementado?
Foi garantida a assistência estudantil necessária para a permanência na universidade?
Foi garantido o caráter público e gratuito sem avançar as parcerias público-privadas?
Qual a situação que encontramos atualmente em cada universidade, passada a experiência da expansão e da reestruturação acadêmica?

Há cinco anos, os estudantes lutaram, ocuparam reitorias em todo o país, dizendo que não bastava expandir, mas que era preciso fazer isso sobre outra lógica e com mais investimentos. Hoje, os problemas que foram alertados há 5 anos atrás se tornaram realidade. Acreditamos que a atual greve é a resposta mais contundente a todas essas perguntas: sem condições mínimas que subsidiassem uma expansão com qualidade, o balão estorou.

A difícil realidade das universidades federais e da educação pública brasileira

 Só nos últimos 2 anos, governo Dilma cortou quase R$5 bilhões da educação, e ao mesmo tempo, apresentou o novo Plano Nacional da Educação. Este Plano, além de aprofundar as medidas de transferência da verba pública para o setor privado e avançar na precarização da educação, não resolve o problema fundamental que vivem as universidades e escolas: a falta de financiamento. Propõe na meta 20 do PNE o aumento para 7% do PIB em educação, a ser atingido só em 2020! E pra piorar, incorpora através da meta 12 do PNE as metas do REUNI, transformando-as em política de estado e estendendo a todos os níveis de educação e também às instituições estaduais e particulares. Se a situação já estava feia, se depender do governo pode ficar ainda pior nos próximos anos.

Se levarmos em conta ainda a situação da escola e creches públicas, tanto as federais, estaduais e municipais, vemos que o problema começa desde a base. Os professores sequer têm direito ao piso nacional salarial, e pelos miseráveis salários que recebem tem que pegar mais de uma matrícula e uma grande sobrecarga de trabalho, para conseguirem manter suas famílias. A falta das condições básicas de trabalho, muitas vezes sem carteiras suficientes nas salas, ou giz nos quadros negros, e ainda a pouquíssima assistência estudantil deixa claro a situação de precarização. Não é a toa que o Brasil está colocado nos piores índices educacionais no mundo, o que entra em choque com a posição de 6ª maior economia do mundo. A quem está a serviço este crescimento econômico, se não está para o povo?

Atualmente, a realidade de um estudante, professor ou funcionário de uma universidade federal não é muito diferente, e nos deparamos com inúmeros problemas cotidianos. Seguem alguns listados abaixo.

Entre os problemas envolvendo a assistência estudantil:
- Restaurantes Universitários que não comportam a demanda e fazer surgir filas cada vez maiores.
- Moradias que passam longe de comportar a demanda e muitos abandonam os estudos por morar muito longe e pela impossibilidade de pagar um aluguel num local mais próximo, ainda mais com a especulação imobiliária crescente que atinge muitas capitais.
- Bolsas insuficientes e sem reajuste, que sequer dão conta dos gastos mais básicos (xerox, transporte, alimentação).
- Falta de creches universitárias para mães estudantes, que acabam por atrasar muito ou abandonar sua formação universitária.

Entre os problemas acadêmicos:
- Salas de aula super-lotadas.
- Enorme falta de professores, com muitas disciplinas que passam o semestre todo nessa condição.
- Aumento dos professores temporários ou substitutos em detrimento dos efetivos de dedicação profissional.
- Aumento de até 40% das horas-aula para os professores, diretamente ligado à redução de projetos e bolsas de pesquisa e extensão.
- Laboratórios científicos e de informática sem equipamentos suficientes ou qualquer renovação que busque a atualização tecnológica.
- Bibliotecas defasadas, com livros mal conservados e poucas unidades que dêem conta da demanda.

Entre os problemas de infra-estrutura e segurança:
- Obras não finalizadas, e a conseqüente falta de prédios e salas de aula que comportem a parte acadêmica e administrativa dos cursos novos, especialmente nos campi do interior.
- Má conservação dos prédios e laboratórios, que geram incêndios, queda de parte da estrutura, mofo, insalubridade.
- Falta de bebedouros.
- Falta de condições mínimas de higiene nos banheiros e pouca quantidade para suportar a demanda.
- Falta de segurança nos campi, pela pouca iluminação e lugares desertos, sem guardas universitários, o que é o responsável muitas vezes pelos casos de estupro às mulheres estudantes.
- Falta de adaptação dos prédios para garantir a acessibilidades aos estudantes que necessitarem.

É um absurdo que o governo Dilma deixe a educação pública brasileira sob essas condições. Elegeu-se com a confiança dos brasileiros de que a educação seria uma prioridade em seu governo, e o que dá em troca é isso? A única forma de resolver esse problema é através da luta, das mobilizações, protestos de rua, ocupações de reitoria e greves. Ao longo da história do nosso país, só conseguimos avançar em direitos e soluções aos problemas sociais com muita luta! Em 2012, também não será diferente.

Espelhados na juventude árabe, européia e chilena, é hora da juventude brasileira entrar em ação!

Neste movimento grevista que se iniciou com a paralisação dos docentes, a resposta dos estudantes têm sido muito positiva. Tanto pela solidariedade aos nossos mestres, quanto pelas nossas próprias reivindicações, os estudantes têm organizado grandes assembléias, aulas públicas, protestos de rua e inclusive, aprovado greve estudantil. Já são pelo menos 16 IFES, entre universidades e institutos, que já decretaram greve estudantil geral ou alguns cursos. E esse número, na medida que a luta avança, tende a aumentar rapidamente.

Aqui é preciso fazer uma reflexão. Estamos diante de uma luta de proporções enormes, que com certeza entrará pra história do nosso país. A entidade responsável em articular e desenvolver lutas estudantis deste porte ao longo da história do Brasil foi a União Nacional dos Estudantes. Porém, atualmente, a UNE será capaz de cumprir esse papel? Nós afirmamos categoricamente que não.

A UNE de hoje em dia está completamente vendida para o governo federal. Não é a toa que apóia este novo PNE, que se calou diante dos cortes para educação e perdeu completamente a independência, política e financeira, diante do governo e reitorias pelo país. Agora, neste momento de greve, não aparecem nas assembléias e ignoram a forte luta estudantil que está se gestando, publicando uma breve nota em seu site que apenas faz menção à greve docente e sequer explicita suas verdadeiras razões, preservando o governo. Está claro que para desenvolver e potencializar esse processo, levando-o a uma vitória, não poderemos contar com a UNE. Pelo contrário, iremos até em alguns casos nos enfrentar contra ela no calor das lutas, assim como foi em 2007.

Apesar disso, é extremamente fundamental que os diferentes DCEs, Executivas de Curso, Centros e Diretórios Acadêmicos e Grêmios, tenham uma articulação nacional. Nós da ANEL estamos fazendo desde já essa batalha. Em cada universidade e escola, intervindo nas assembléias, atos e comandos de greve, buscamos a unificação nacional deste processo, política e organizativamente. Desde já, convidamos todos os lutadores para a nossa VI Assembléia Nacional, que deverá ser um desaguadouro natural de todo o processo de mobilização, reunindo centenas de estudantes no dia 16 de junho, no Rio de Janeiro. É em momentos de luta nacional como esse que fica ainda mais evidente, por um lado, a falência da UNE, e por outro, a necessidade de uma entidade nacional dos estudantes. A ANEL tem intervido nesse sentido desde junho de 2009, e chamado à unidade o movimento estudantil independente.

Pela construção do Comando Nacional de Greve dos Estudantes!        

Agora, mais ainda, é preciso unificar o conjunto do movimento estudantil. É nesse sentido que a ANEL tomou a iniciativa de lançar o “MANIFESTO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL BRASILEIRO”, para que seja assinado pelos diversos DCEs e entidades estudantis do país. Este Manifesto, além de prestar todo o apoio à greve da educação, convoca todos e todas à Marcha Nacional pela Educação no dia 5 de junho, que já está sendo convocada pela FASUBRA e pelo ANDES-SN, e a instalação nesta mesma data do COMANDO NACIONAL DE GREVE DOS ESTUDANTES. Com a presença das principais entidades estudantis, este Comando deve ser nosso principal instrumento para articular, organizar e potencializar a mobilização dos estudantes.

Enquanto assistimos ansiosos o desenrolar das revoluções e lutas no Norte da África, Oriente Médio, Europa, Chile, EUA, Canadá, começamos a desenvolver o que pode vir a ser a explosão da juventude brasileira. Em meio a uma crise econômica mundial, que trará profundas transformações ao mundo que vivemos, nós, com a força do movimento estudantil brasileiro, podemos interferir na mudança do Brasil e do Mundo. Parece utópico? Uma greve com quase 50 instituições federais paradas também parecia, há poucos dias atrás.

A ANEL chama todos os estudantes brasileiros à luta: tomemos o leme em nossas mãos e vamos às ruas fazer história! Como diziam os estudantes em maio de 68: sejamos realistas, façamos o impossível!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

É amanhã... Assembleia Geral de Estudantes da UFPR


A ANEL convida a todas e todos estudantes da Universidade Federal do Paraná a comparecerem na Assembleia Geral. Abaixo o cartaz de divulgação.



sexta-feira, 11 de maio de 2012

Dia 16 é o dia da VIRADA NA PUCPR!

Não é um tabu é uma REALIDADE!

DIA 16 É DIA DE LUTA CONTRA A HOMOFOBIA NA PUC!



No dia 16 de Maio, às 17h45 em frente ao Portal Principal da PUCPR poderá ser um dia marcado por uma grande luta contra a homofobia, a ANEL estará presente e levará suas bandeiras e seu programa de luta contra todas as formas de opressão. Por isso fazemos um chamado a você que não acha normal uma pessoa ser discriminada por sua orientação sexual, que não aguenta mais, Bolsonaro's, Malafaia's, e tantos outros preconceituosos disseminando ódio e intolerância, que nada faz do que justificar atrocidades, como lâmpadas quebradas em cima de gays, de incitação ao estupro corretivo em lésbicas e tantas outras leviandades que ocorrem contra os LGBT's. NOSSA INDIGNAÇÃO TEM QUE SER MATERIALIZADA EM AÇÃO! 

DIA 16 DE MAIO, É DIA DE BEIJAÇO CONTRA O PRECONTEITO!


Abaixo reproduzimos o texto de convocação do ato escrito por diversas organizações e a programação do dia:

Nós, gays, lésbicas, heteros, transgêneros, travestis, mulheres e homens que não concordam com a discriminação por orientação sexual, queremos fazer um convite a você para transformarmos a PUCPR em um espaço contra o preconceito e todo o tipo de discriminação e violência..

Nos últimos tempos, temos assistido a uma onda de violência e ações contra o público LGBT em episódios cuja frequência e gravidade exigem de todxs uma reação à altura. A lista parece não ter fim: manifestações públicas de grupos neonazistas, de políticos conservadores, religiosos, lâmpadas estouradas no rosto de homossexuais, soco inglês e até bombas caseiras. Na semana passada um professor repreendeu um casal de lésbicas no bloco amarelo da PUCPR, por estarem abraçadas. A justificativa?

A PUC é um espaço religioso, portanto não seria lugar para aquela demonstração de afeto. Ora, a PUC é uma universidade que recebe investimentos públicos em que estudam judeus, católicos, evangélicos, umbandistas, gays, heteros, lésbicas, e pessoas de diversas orientações. Isso tudo, no entanto, é apenas a ponta de um verdadeiro “iceberg”, já que existem tantos outros casos que se perdem no silêncio cotidiano, em um país que é um dos campeões em violência contra LGBTs e mulheres, cujo Governo (DILMA/PT) para defender um corrupto (Palocci), vetou a cartilha anti-homofobia que poderia ser uma arma poderosa na luta contra o preconceito nas escolas, dentre tantos outros vetos e censuras aplicadas pelo governo que retrocedem na luta contra a discriminação.

Nossa maior ameaça é o silêncio, o medo. E contra isso, podemos cumprir um papel muito importante. Não podemos aceitar que em um ambiente acadêmico, onde deveria existir o respeito e a liberdade de expressão, se torne um lugar de intolerância e ódio às diferenças. Queremos um mundo onde sejamos ‘’socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres’’!

É hora da Virada contra o preconceito, chega de Homofobia! Basta de Violência! Basta de Silêncio! Basta de Impunidade!

Programação:

Dia 15: Oficina de Stencil e Cartazes para o Ato! Às 17h30 na Concha Acustica da PUC.

Dia 16 de Maio
Às 17h45 horas - Ato e Beijaço!
18h30 - FlashMob em frente ao auditório Tristão de Athaide - Bloco Amarelo
19h: Mesa com Bruna Ornelas (ANEL) e Xênia Mello (Movimento Feminista e do PSOL)

Dia 16 é dia da VIRADA!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

2º UFPR Fora do Armário

Participe do II UFPR Fora do Armário!


A Universidade Federal do Paraná, com o apoio da ANEL-Curitiba e de diversas organizações que militam pela causa dos direitos da comunidades de LGBTs, sediará o II Seminário UFPR Fora do Armário. Serão debatidos diversos temas que abarcam as questões relativas à identidade de gênero e à orientação sexual. O evento ocorrerá entre os dias 9 e 10 de maio (quarta e quinta feira).

No evento a ANEL estará divulgando sua Cartilha LGBT de luta contra contra o preconceito.

Confira abaixo o calendário de atividades.
Local: Prédio Histórico – Praça Santos Andrade

Data: 9 DE MAIO (QUARTA)
Horário: 19h
Mesa: Homo/Lesbo/Transfobia e Racismo

Data: 10 DE MAIO (QUINTA)
Horário: 9h
Mesa: Transexualidade e Travestilidade
Horário: 19h
Mesa: Lesbianidade, Gênero e Feminismo.

ANEL na luta contra o preconceito na PUCPR!

ANEL, movimentos estudantis e sociais repudiam agressão lesbofóbica na PUCPR


A ANEL-Curitiba ao lado de outros movimentos assinou no ultimo dia 8, uma moção de repúdio a agressão lesbofóbica ocorrida na PUC do Paraná. A ANEL junto com diversos coletivos e movimentos também faz um chamado a todos participarem do DIA DA VIRADA CONTRA A HOMOFOBIA NA PUCPR, que ocorrerá no próximo dia 16, quarta-feira, no Campus Curitiba, da PUC, com várias atividades. (Mais informações em breve)


 Segue abaixo a nota:

Moção de Repúdio a agressão lesbofóbica sofrida por estudantes da PUCPR

Viemos, através desta, expressar nosso profundo repúdio a agressão homofobica sofrida pelas estudantes dos cursos de Sociologia e Serviço Social da PUC do Paraná, por um Profº, que identificou-se como Wesley Santana. Na ocasião do fato, o citado abordou as estudantes de forma grosseira, solicitando o nome das mesmas e afirmando o mesmo não aceitava esse tipo de atitude dentro da instituição (a atitude a qual ele se referia era as estudantes estarem de mãos dadas no corredor da Escola de Educação e Humanidades da PUCPR). É inadmissível que essas situações ocorram no interior de uma universidade, a qual deve ser um espaço de promoção do conhecimento e do respeito as diversidades. A homofobia, bem como o racismo e o machismo, são males que a cada dia fazem mais vitimas em todo o mundo, sendo o nosso país campeão de agressão a LGBTT’S e a mulheres, por isso não podemos aceitar que manifestações como a que ocorreu na PUCPR continuem ocorrendo. Por fim expressamos nossa total solidariedade as estudantes, e fazemos um chamado a todas organizações a se manifestarem sua indignação ao ocorrido, e que a Reitoria da universidade abra uma sindicância para apurar o caso. ‘’A nossa luta é todo o dia, contra o machismo, o racismo e a homofobia’’.

Curitiba, 08 de Maio de 2012.

ANEL – Assembleia Nacional de Estudantes Livre
CAASO PUCPR – Centro Acadêmico Autônomo de Sociologia
CAEF UFPR – Centro Acadêmico de Educação Física
CSP - Conlutas - Central Sindical e Popular
CALET UTFPR – Centro Acadêmico de Letras
CASS PUCPR – Centro Acadêmico de Serviço Social
CACS - Centro Acadêmico de Ciências Sociais - UFPR
Dente de Leão Coletivo de Cidadania e Direitos Humanos
MARCHA DAS VADIAS/Curitiba
CACOM - Centro Acadêmico de Comunicação Social da PUCPR
REGEDI - Grupo de estudos de gênero e diversidade, da UFPR - setor Litoral
DCE EMBAP – Diretório Central de Estudantes da Escola de Música e Belas Artes do Paraná
ENESSO – Executiva Nacional d@s Estudantes de Serviço Social
LPJ – Levante Popular da Juventude
PSOL – Partido Socialismo e Liberdade
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Repúdio a Agressão Homofóbica na PUCPR

A Assembleia Nacional de Estudantes - Livre, e a CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular) por meio de seu 1º Congresso Nacional, vem por meio deste, expressar seu profundo repúdio a agressão homofóbica sofrida pelas estudantes dos cursos de Sociologia e Serviço Social da PUC do Paraná, pelo homofóbico Professor de Química, Wesley Santanna.

É inadmissível que situações dessas ocorram no interior de uma universidade que deve ser um espaço de promoção do conhecimento e do respeito às diversidades independente de seu caráter.

A homofobia, assim como o racismo, e o machismo são males que a cada dia fazem mais vítimas em todo o mundo, nosso país é campeão de agressão a LGBTT's e a mulheres, por isso não podemos aceitar que manifestações como a que ocorreu na PUCPR continue ocorrendo.

Por fim expressamos nossa total solidariedade as estudantes, e fazemos um chamado a todas as organizações a manifestarem sua indignação ao ocorrido, e que a Reitoria da universidade abra uma sindicância para apurar o caso.

"A nossa luta é todo dia, contra o machismo, o racismo e a homofobia"


Sumaré, SP, 30 de Abril de 2012.

CSP-Conlutas
ANEL

sábado, 14 de abril de 2012

Vem aí a II Assembleia Regional da ANEL - Curitiba e Região Metropolitana

A Assembleia Nacional de Estudantes - Livre! (ANEL) convida todos para participar da II Assembleia Regional de Curitiba e Região Metropolitana, no dia 21 de abril (sábado) na Sede do SINDITEST-PR!



Este evento buscará fortalecer a reorganização dos estudantes em uma entidade nacional que se coloque incondicionalmente ao lado das lutas da juventude! Todos que sentem a necessidade de unir os vários grupos dispersos para atuação política unitária estão convidados!

"NÃO SOU CAPACHO DO GOVERNO FEDERAL,
SOU ESTUDANTE LIVRE DA ASSEMBLEIA NACIONAL!"

PROGRAMAÇÃO

8h - 9h: Credenciamento dos inscritos

9h: Mesa de Abertura

* Conjuntura Nacional e 1º Congresso da CSP- CONLUTAS
* A Copa do Mundo é nossa?
* Educação e Sociedade: O que o novo Plano Nacional de Educação (PNE) propõe?
* ANEL: a consolidação de uma alternativa ao movimento estudantil

11h00: A luta pelo fim das opressões / Lançamento da Cartilha LGBTT da ANEL

12h - 13h30: Almoço

13h30: Grupos de Discussão:

* A Universidade Pública: a serviço da sociedade e dos estudantes?
* A Universidade Privada na atualidade.
* O Grêmio Estudantil deve lutar somente dentro da escola?
* Opressões: Machismo, Homofobia e Racismo.

16h30 - 18h30: Plenária Final

19h: Atividades Culturais

A inscrição no evento será no valor de R$ 5,00 ou R$ 10,00 (almoço incluso) para ajudar no autofinanciamento da entidade.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Repúdio ao Manual de Sobrevivência do Partido Democrático Universitário (PDU)

A ANEL repudia o manual do calouro de conteúdo machista elaborado pelo Partido Democrático Universitário (PDU), grupo atuante no curso de Direito da UFPR. A nota abaixo foi escrita pelo Grupo de Gênero, também do curso de Direito da UFPR. E lembramos que em 2010 igualmente houve repercussão na imprensa do dito manual, que na época foi acusado de ter linguagem imprópria.

Nós concordamos com o conteúdo desta nota contra o machismo e o incentivo ao estupro, pois é coerente com a luta encampada por nossa entidade contra as opressões, incluindo o machismo, o racismo e a homofobia. Nacionalmente a ANEL constrói o Movimento Mulheres em Luta (MML), que une as estudantes às trabalhadoras na luta contra a opressão e a exploração.

Nota de repúdio ao Manual de Sobrevivência do PDU

 Grupo de Gênero (Direito/UFPR)

O Manual publicado pelo Partido Democrático Universitário – em sua capa estampado: “Como cagar em cima dos humanos em 12 lições” – pretende abordar de forma bem humorada o cotidiano da Faculdade de Direito da UFPR. Porém, ao escrever tal manual, o que esses veteranos e veteranas fizeram foi evidenciar a cotidiana opressão machista.

As "piadas" provocativas, quando colocadas no contexto das relações sociais das quais elas derivam, representam tentativas de legitimação de opressões e violências reais que ocorrem todos os dias contra as mulheres. Segundo o manual:

“(...) No primeiro ano você é calouro de todos os anos, é o centro das atenções da faculdade (na verdade o “segundo centro”, pois o primeiro são as calouras)(...).” (p.1)

“A garota foi com você ao quarto, prometendo mundos e fundos (principalmente fundos), mas o máximo que você conseguiu foi um beijo: Código Civil, art.233- obrigação de dar: 'A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados (...)'”.

“Ela prometeu e não cumpriu. Disse 'vamos com calma': art. 252,§ 1º Código Civil: 'Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra'. Ela vai ter que dar tudo de uma vez!" (p.7)

A mulher, colocada em destaque no primeiro trecho, ocupa essa posição não como um sujeito, mas sim como um objeto sexual, como se pode depreender dos trechos seguintes. Sua subjetividade está reduzida ao plano do direito obrigacional, da coisa que será manuseada. Em suma, a posição da mulher, como colocada na relação jurídica obrigacional, é a de servir, independentemente de sua vontade. Esta é uma concepção reiterada histórica, cultural e ideologicamente por uma sociedade que permanece estruturalmente machista. O manual em questão, que reitera a perspectiva de domínio masculino sobre a mulher, é claramente uma prática agressiva e atentatória à dignidade feminina. Mais ainda: é crime, à medida em que a obrigação de “DAR”, tudo de uma vez, independente da vontade, incita à prática de estupro.

A coisificação da mulher pelo manual a submete à condição de objeto de estupro, como se isto fosse natural – como se sua mera condição de mulher a encaixasse, de imediato, em prontos moldes. Talhada historicamente para servir à sociedade, conforme a conveniência: santa ou puta. Assim a questão se coloca: estar sempre a serviço dos homens – calouros, veteranos, maridos, pais.

“Se seu amigo prometeu a você arranjar aquela garota e não conseguiu, Código Civil, art.439: 'Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este não executar'”. (p.7)

Sendo assim, o leilão está aberto. Quem dá mais pela garota? Essa é a dita nos corredores desta universidade: mercantilização e exploração do corpo feminino. Segundo a lógica sistêmica do manual, temos a seguinte compreensão: se a menina não é bonita, se não segue os padrões de beleza, estuprá-la é dar-lhe oportunidade de tirar o atraso; se a menina sai de saia curta e é estuprada, não há problema, uma vez que ela “colabora” com o fato; se a menina, numa festa, bebe demais, estuprá-la é não mais que o direito do homem de receber diante da promessa de DAR. Assim como algum dia os Códigos regularam a aquisição de escravos, quer-se regular agora a exploração e estupro feminino na Universidade.

A ideia reproduzida por esta dominação masculina é de que não precisamos levar a sério o estupro e todos os atentados contra a livre sexualidade da mulher que permanecem frequentes em nossa sociedade. E, enquanto isso, no Brasil, a cada 12 segundos, uma mulher é estuprada, segundo dados do Conselho Estadual de Direitos da Mulher - RJ (e isso sem contar as cifras ocultas, daquelas muitas mulheres que têm vergonha e/ou medo de fazer a denúncia, sendo que menos de 10% dos casos de violência sexual chegam às delegacias de polícia). Ainda, segundo dados de 2004 da Anistia Internacional, 1 em cada 5 mulheres será vítima ou sofrerá uma tentativa de estupro até o fim de sua vida, e 1 em cada 3 já foi espancada, estuprada ou submetida a algum outro tipo de abuso. Os dados apontam ainda que a América Latina registra os mais altos índices de crimes sexuais. Estupro não é brincadeira, é real.

A mensagem do Manual é clara: quem manda é o HOMEM, a mulher é o objeto e não o sujeito, devendo assumir uma postura calada, de dependência e passividade. O Manual diz: a mulher não tem direito sobre seu corpo; deve, primeiro, atender e se submeter às expectativas sexuais dos homens. O que se diz no Manual, como piada, é que a mulher é o ser passivo (ou objeto) da relação obrigacional, perde sua autonomia, sua liberdade, sua capacidade para se autodeterminar, pensar, querer, sentir e agir.

As mulheres que assinam essa Nota dizem em resposta: “Nós, mulheres, não somos objetos sexuais. Nosso corpo é nosso pra escolher ter prazer quando queremos ter prazer. Temos autonomia sobre nossos corpos para dispor de nossa sexualidade como quisermos, e devemos ser respeitadas. Não somos os objetos de satisfação de prazer egoísta que a mídia impõe. Não viemos para servir a homens, veteranos, pdu's ou não”. Abaixo o manual machista!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Solidariedade em São José dos Campos

Dia 2 de fevereiro, a ANEL Curitiba mandou dois representantes para o ato nacional em solidariedade ao Pinheirinho em São José dos Campos, São Paulo. A manifestação reuniu cerca de cinco mil pessoas de várias partes do país. A principal exigência foi de que Dilma não pode permanecer somente indignada, mas que deve desapropriar o Pinheirinho para construção de casas populares. Da UFPR também estiveram presentes representantes do SINDITEST (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau) e dos coletivos “Barricadas Abrem Caminhos” e “Outros Outubros Virão”.


De uma maneira geral estiveram presentes representantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), as centrais sindicais CSP-Conlutas, CUT, CTB, Intersindical, Intersindical Central, Unidos para Lutar; representantes de partidos políticos entre os quais o PSTU, o PSOL, o PT e o PCB, além da ANEL (Assembleia Nacional de Estudantes – Livre), da oposição de esquerda da UNE (União Nacional dos Estudantes) e sindicatos de diversos segmentos da classe trabalhadora que se somaram aos moradores do Pinheirinho.

Houve uma longa passeata pelo centro da cidade sob sol forte. Às 15h realizou-se um ato em frente à prefeitura de São José dos Campos. As principais falas nesse momento atentaram para as tentativas de criminalizar o movimento e seus líderes na luta justa por moradia e contra a ação ilegal da Polícia Militar. Ao mesmo tempo em que acontecia este ato nacional em São José dos Campos, em Brasília manifestantes protestaram em frente à sede nacional do PSDB. Em Curitiba, aqueles que não foram a São Paulo, estavam manifestando na Boca Maldita.

A DESTRUIÇÃO DE CASAS, O ALOJAMENTO PROVISÓRIO E A COMIDA ESTRAGADA SERVIDA PELA PREFEITURA

Logo depois do ato fomos visitar um alojamento dos moradores do Pinheirinho em um ginásio. Evidentemente não há qualquer privacidade, tampouco banheiro para todos. Conversamos com uma moradora, ela nos contou que o marido dela é ajudante de pedreiro e ganha muito pouco. Ainda segundo ela, além de perder os móveis muitos também perderam os empregos. E também nos contou que a prefeitura estava servindo comida estragada e que ela inclusive tinha passado mal. Os ativistas do MST entregaram quatro caminhões de mantimentos, ao passo que nossos colegas sindicalistas de nosso ônibus entregaram várias caixas de leite.

Depois fomos até o bairro destruído, que a primeira vista parecia um terreno baldio daqueles com restos de material de construção que temos perto de casa. Mas aos poucos você vê que a área com escombros é imensa e começa a localizar roupas, brinquedos, fogões e geladeiras. Se qualquer pessoa analisar a questão racionalmente verá que essa ação foi completamente absurda. Existe um grande déficit habitacional em São José dos Campos e é dever do Estado garantir a moradia. Logo, nada melhor do que desapropriar a área que já era um bairro e indenizar o suposto dono (já que a lei garante isso, apesar da terra ter sido grilada). Problema resolvido.

Mas não, o que as autoridades querem é criar mais problema, pois estão garantindo interesses de particulares ao invés do interesse público. Pior ainda é que nem todos receberão apartamentos do Estado, nem todos receberão aluguel social após esse curto espaço de tempo em que permanecerão nos abrigos.

PINHEIRINHO NAS CALOURADAS

Em frente à prefeitura, Clara Saraiva, da Comissão Executiva Nacional da ANEL, salientou que devemos discutir o caso do Pinheirinho em nossas calouradas. Nós, da ANEL Curitiba, devemos no nosso planejamento de início de ano ver qual a melhor maneira de fazer esta discussão. É imprescindível levantarmos a bandeira da unidade do movimento estudantil combativo a partir das organizações de base (CAs, DAs, Grêmios) conforme aprovado no I Congresso, seja com setores independentes ou de oposição de esquerda da UNE.

"QUEM LUTA NÃO ESTÁ SOZINHO, SOMOS TODOS PINHEIRINHO!"

"DILMA NÃO BASTA SE INDIGNAR, TEM QUE DESAPROPRIAR!"


domingo, 5 de fevereiro de 2012

Contra a repressão da PM no Pré-Carnaval do Largo da Ordem

Nota Pública da Assembleia Nacional de Estudantes – Livre (ANEL) a respeito da ação truculenta da PM no bloco pré-carnavalesco “Garibaldis e Sacis”


A
ANEL vem por meio desta nota, manifestar seu profundo e veemente repúdio a ação da Polícia Militar do Paraná, no encerramento do bloco pré-carnavalesco “Garibaldis e Sacis”, no Largo da Ordem, em Curitiba. Por volta das 21h10 deste domingo (5), a PM foi chamada para controlar um tumulto localizado na região e acabou usando de sua estúpida e brutal força para reprimir todos que estavam nos bares da região, ainda aproveitando o encerramento do bloco.

Segundo informações da própria imprensa, houve feridos com balas de borracha e bombas de efeito moral. A estupidez e a brutalidade do aparato repressivo do Estado chegam às terras curitibanas nesse ano de 2012, que tem sido marcado por uma profunda repressão a manifestações populares em diversos cantos no Brasil. Em São José dos Campos, no bairro ‘’Pinheirinho” cerca de 9000 pessoas foram desalojadas de suas casas, graças a ação desses verdadeiros “cães de farda”, a mando do fascista Governador de São Paulo, Geraldo Alckimin, em acordo com o judiciário paulista e a passividade do Governo Dilma. Em Recife, os estudantes foram reprimidos e presos em atos pela redução da tarifa de ônibus, assim como em Teresina e Vitória. Na Bahia, os próprios PM’s entraram em greve, e suas lideranças grevistas tem sido perseguidas.

Infelizmente nesse dia 5 de Fevereiro, em uma manifestação popular que faz parte da formação e das raízes culturais de nosso povo, o Estado agiu de maneira arbitrária, usando da força contra foliões que estavam ali brincando e pulando o carnaval. Não queremos dizer que não queremos segurança nesses eventos de grande porte, mas queremos que a população seja respeitada em seu direito de se expressar livremente, seja no carnaval, ou nas lutas pelo passe-livre, moradia ou reforma agrária. Marginalidade existe em todo o lugar e principalmente no Palácio do Governo e na Assembleia Legislativa, que usurpam do dinheiro do povo em benefícios de seus interesses corporativos. O Governador Beto Richa e o comando-geral da PM têm que ser responsabilizados por essa brutalidade que ocorreu nesse domingo que deveria ser de alegria, paz e folia.

Por isso, a ANEL chama a todos os movimentos sociais, estudantis e culturais, bem como todos os foliões, para no próximo e último pré-carnaval do ano, domingo que vem, dia 12, a fazer do samba, nosso instrumento de protesto, e levar faixas, narizes de palhaço, e suas bandeiras, e fazer do “Garibaldis e Sacis’’ um verdadeiro ato em defesa do Samba e da liberdade de expressão!

- Abaixo a REPRESSÃO!
- Em defesa das manifestações culturais e do bloco “Garibaldis e Sacis”!
- Segurança sim, REPRESSÃO NÃO!


Curitiba, 5 de Fevereiro de 2012
Assembleia Nacional de Estudantes – Livre / Curitiba

domingo, 22 de janeiro de 2012

Ato em Curitiba em Solidariedade ao Pinheirinho



















Atos em defesa ao Pinheirinho estão sendo convocados em todo o País.
Em Curitiba ele será dia 23 de janeiro às 17h na Boca Maldita.

A operação policial aconteceu neste domingo (22 de janeiro) pegando os moradores de surpresa, porque os policiais agiram em desacordo às determinações da Justiça Federal. Há relatos de mortos e feridos, tudo em nome da especulação imobiliária.

O terreno é pertencente ao megaespeculador Naji Nahas, porém a propriedade não cumpre sua função social e tampouco os impostos são pagos.

SE MORADIA É UM PRIVILÉGIO, OCUPAR É UM DIREITO!

Confirme sua presença no Facebook:

Ato em Solidariedade ao Pinheirinho - Curitiba

Ato Nacional em Solidariedade ao Pinheirinho

sábado, 14 de janeiro de 2012

Em Defesa da Ocupação Pinheirinho!

Do site da ANEL Nacional

Não à reintegração de posse! Em defesa da Ocupação Pinheirinho!


Nas últimas semanas, o pânico tomou conta dos mais de 9 mil moradores da Ocupação Pinheirinho, em sua maioria mulheres, crianças e idosos. Desde 2004, a ocupação existe por conta do grande déficit habitacional que existe em São José dos Campos. Por falta de políticas públicas que garantam a moradia dessas famílias, ocuparam uma área até então abandonada da falida Selecta Naji Nahas.

Há poucas semanas, a juíza Márcia Faria Mathey Loureiro retomou o processo, há anos estagnado, de reintegração de posse do local, o que obrigaria desalojar mais de 2 mil famílias moradores da Ocupação. Desde então, os moradores estão em estado de alerta. No dia 5/01, uma mega operação militar foi realizada, com a justificativa que buscavam apreender drogas e foragidos da justiça, com uma clara ameaça à população.

A Ocupação Pinheirinho é parte da CSP Conlutas, central sindical e popular. É um exemplo de unidade entre o sindicato de metalúrgicos de São José dos Campos, filiado à central, e o movimento popular. Seus moradores sempre estão na luta, prestando todo o apoio e solidariedade às batalhas dos trabalhadores e da juventude. Estiveram presentes no I Congresso da ANEL, apoiando os estudantes.

A ação de reintegração de posse tem o apoio da Prefeitura, governo do Estado e federal. Representa um duríssimo ataque à população e a toda a resistência e luta que acumularam ao longo de 9 anos da Ocupação. Nesse momento, precisamos aglutinar o máximo de apoio e solidariedade aos companheiros do Pinheirinho. Não podemos deixar que se concretize a reintegração de posse, e para isso, será necessário unir esforços entre movimento sindical, popular e estudantil.

-- Assine o abaixo-assinado contra a desocupação do Pinheirinho: 

sábado, 7 de janeiro de 2012

Nova carteirinha da UFPR também servirá como cartão do banco Santander


Não, você não leu errado. Eu sei, quando vi isto no site da UFPR questionei meu estado de consciência. Estaria louco? Realmente alguém não está em seu juízo perfeito, e ao que tudo indica não é uma única pessoa. Pessoas estas que estão na reitoria, na UNE, no Santander, e, portanto, no próprio governo.

Expliquemos. Segundo a breve notícia, os novos cartões serão destinados aos estudantes a aos funcionários. Estão sendo desenvolvidos em parceria com o Banco Santander, terão chips que permitirão o acesso às instalações da universidade, além de poderem ser usados também como cartões de débito bancário. Para dar “legitimidade”, a notícia colocou uma foto de uma reunião com supostos “representantes” dos estudantes. Não era o DCE, era a UNE. Mais especificamente o presidente da UPE – União Paranaense dos Estudantes, e que sequer estuda na UFPR.

NÃO NOS REPRESENTAM!
A União Nacional dos Estudantes e entidades similares nos níveis estaduais e municipais e da educação básica passaram por um intenso processo de burocratização. Atualmente a UNE não tem autonomia política e financeira, é um braço do governo no movimento estudantil. No último congresso da UNE, 2011 em Goiânia, o próprio Lula agradeceu a “lealdade na adversidade”. Em suma, estão por aí para defender toda e qualquer política educacional do governo. Sinal disso é o fato de não terem participado da construção do plebiscito nacional pelos 10% do PIB para Educação Pública Já.

Por estes motivos os estudantes brasileiros tem se desligado da UNE e nesse processo foi fundado há dois anos a ANEL – Assembleia Nacional de Estudantes Livre! O objetivo desta nova entidade é congregar todos os estudantes que estão dispostos a se unir para lutar pela educação pública com independência política e financeira frente às empresas e ao Estado. Construindo ela pela base, confirmamos nosso respeito à opinião da maioria dos estudantes.

ESTAMOS ESPERANDO UMA RESPOSTA DO DCE
Na eleição do ano passado a ANEL fez parte da chapa “Tecendo o Amanhã”, que perdeu para a atual gestão “Nós Vamos Invadir Sua Praia”. Estamos ansiosos para ver como irão se posicionar e para saber se estavam ou não estavam nesta reunião. O reitor estaria desconsiderando a representatividade do DCE? Ou o DCE não está querendo divulgar esta discussão? A última possibilidade é muito séria, pois demonstraria a conivência deles a este processo que pegou a todos de surpresa.

TAMBÉM ESTAMOS MUITO DESAPONTADOS
Recentemente a Gazeta do Povo publicou uma entrevista com o reitor Zaki Akel Sobrinho. Ao ser perguntado sobre o que a universidade precisa, disse que ficava muito desapontado com aqueles que trariam interesses de fora para a universidade. Pena que tal senhor zeloso tenha conduzido escondido de todos os estudantes desde março do ano passado esse convênio no interesse de um banco multinacional. A última gestão do DCE, da qual também não participamos, ou igualmente não sabia ou conscientemente não quis divulgar a notícia.

O QUE ESSE CONVÊNIO SIGNIFICA?
Ignoramos também a necessidade de substituir a atual carteirinha que funciona com código de barras por um cartão com chip. Mas sabemos que o convênio com o Santander faz parte de uma concepção de educação, cujo objetivo é colocar a universidade não a serviço da sociedade, mas a serviço de determinadas empresas. O sonho destes senhores é que a universidade brasileira seja como a chilena: pública, mas nem de longe gratuita.

Nosso papel é defender a nossa universidade destes ataques. É extremamente preocupante a aprovação recente na Assembleia Legislativa de medidas de privatização dos serviços públicos, como as OSs (Organizações Sociais) e as PPPs (Parcerias Público-Privadas), sem falar nas tentativas de privatizar os Hospitais Universitários em todo o país.

Muitas dúvidas ficam sobre esta “aula” de democracia, mas não podemos deixar despercebida a relação clara entre a UNE, o Governo, o Santander e a Reitoria. Tão pouco se pode deixar de notar o apoio que a atual gestão do DCE teve por parte da direção da UNE nas eleições do ano passado.

Pois Afinal,

EU JÁ FALEI PRA REITORIA, EDUCAÇÃO NÃO É MERCADORIA!

É OU NÃO É PIADA DE SALÃO? TEM DINHEIRO PRA BANQUEIRO, MAS NÃO TEM PRA EDUCAÇÃO!

NÃO SOU CAPACHO DO GOVERNO FEDERAL, SOU ESTUDANTE LIVRE DA ASSEMBLEIA NACIONAL!


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